domingo, 23 de dezembro de 2012

Feliz 2013 !!!

 Bom dia, queridos leitores e amigos!

O ano está acabando. Motivo de comemoração por mais um ano de vida para todos nós. Sempre há motivos para se comemorar, mesmo que, para alguns, este ano não tenha sido muito bom. Tenha certeza de que o que hoje te  traz sofrimento poderá, no futuro, fortalecer você e ajudá-lo a dar passos maiores em sua vida. A dor nos ensina muito.

Este ano, para mim, foi maravilhoso, cheio de realizações pessoais. Por muitos anos, me sentia triste no reveillon e no Natal, perguntando a mim mesma: O que aconteceu de bom? O que fiz de diferente? Eu não conseguia enxergar nada na minha frente que me desse motivo para comemorar. Não foi sempre assim, mas foi assim por muitos anos. Por isso estou aqui falando com experiência própria. Mesmo que a dor tenha permanecido em sua vida por um longo tempo e você não veja motivos para comemorar, posso lhe dizer, assim como digo a mim mesma: Vamos comemorar?
Se você ainda não consegue enxergar a vitória, comemore este momento com a certeza de que o ano que vem será melhor. Você um dia saberá por que teve que passar pelo que vive hoje e, assim como eu, viverá uma grande vitória.
Não sofremos em vão.
Consegui terminar meu livro, que quase me desidratou de tanto que chorei ao escrevê-lo. Tive que tocar em feridas que estavam quietas, mas foi preciso. A superação acontece quando vamos ao fundo do poço, quando enfrentamos os medos, para então nos levantarmos e virarmos a página. Foi assim comigo.

Há três anos escrevo nesse blog sobre a minha vontade de publicar um livro contando minha história. O motivo disso é a vontade que tenho em ajudar pessoas que sofrem o que sofri. quero mostrar que existe um caminho.

Os problemas existem, mas podemos fazer escolhas. Escolhi viver. Escolhi o caminho mais dolorido e de luta, mas que é o caminho da cura. Encarar de frente a vida. Foi assim que sempre vivi e esta é minha mensagem para você: escolha o caminho da saúde. O caminho que, por mais que lhe traga dor e dificuldade, é o que trará paz e liberdade. Não procure o caminho mais fácil. Muitos procuram as drogas ou qualquer vício para fugir do problema. Não faça isso. Enfrente.
 E garanto que seu futuro será melhor.

Feliz Natal para vocês! Tenham um ano novo cheio de paz, amor, saúde e realizações.
 Quero também agradecer a vocês pelo carinho, apoio e força, que sempre tive aqui, por parte dos leitores amigos deste blog. Se não fosse por vocês, eu não conseguiria.

Em breve meu livro estará disponível a todos e, do fundo de meu coração, espero ajudar a quem precisa e quer, assim como eu fui ajudada quando mais precisei, ao ler um livro assim quando era adolescente.
 FELIZ NATAL! Vamos viver e aproveitar os momentos de felicidade!

Um beijo com carinho,
 Isa.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Vamos parar de julgar o próximo ?


 Bom dia queridos leitores,
Um dos objetivos mais importantes do livro que acabo de escrever (e que será lançado em breve) é mostrar às pessoas que não faz sentido fazer julgamentos sobre uma pessoa sem conhecer muito bem as circunstâncias da sua vida.

Vejo pessoas boas sendo julgadas só porque não se enquadram dentro de certos padrões sociais ou de comportamentoÉ revoltante. Sei do que falo porque passei por isso. Meus irmãos e meus pais também. 

Amigos meus, pessoas com quem convivo, ainda me julgam. Algumas pessoas quem amo, e a quem sou capaz de apoiar em qualquer circunstância, me julgam. Não procuram saber se estou podendo fazer tal coisa ou não. Não querem saber de minha história nem de meus limites . Só querem que eu me enquadre nos seus hábitos e padrões.

Nunca me enquadrei, pois sempre me respeitei. O que me fez sobreviver foi o fato de ter aprendido a respeitar meus próprios sentimentos, meus momentos, minha dor.

Ninguém é igual ao outro, e todos nós temos nossos limites. Temos que aprender que algumas vezes não somos capazes de agir como o outroEm nome de nosso próprio equilíbrio, precisamos aceitar até onde conseguimos chegar e até onde a pessoa que você ama pode chegarseja amigo ou parente.

Muitas vezes passei horas e horas sozinha, chorando, por não ter sido compreendida por amigasSe eu não queria sair, por exemplo, porque estava sofrendo, sentindo-me dentro de uma bolha, eu era julgada como se aquilo ali fosse um ato de maldade minha. 
Não era falta de força de vontade, nem falta de amizade. Simplesmente eu não podia mudar aquele estado que me encontrava.

A minha dor só aumentava quando elas falavam que nãme entendiam, pois, afinal de contas, sou de uma família que tem dinheiro, sou considerada uma mulher bonita, que tem tudo para ser feliz... Absurdo isso. As coisas não são fáceis assim.

Eu fui julgada demais e machucada demais, por não conseguir durante muitos anos sair da depressão. As pessoas acham que eu queria ficar daquele jeito? Só se eu fosse masoquista, coisa que não sou! Durante toda a minha vida, lutei pela felicidade.

Então, se eu estava ali fechada, sem vontade de sair, era porque eu o tinha forças. Simples assim. Nada além disso. Só queria amor, só queria um colo. Claro que as pessoas que me deram esse colo não estão incluídas aqui neste comentário, mas sim as que me negaram apoio. Elas próprias vãse reconhecer neste texto – e no livro, se o lerem. Espero sinceramente que as pessoas que me machucaram consigam sentir um pouco do que senti, quando lerem este post meu livro. 
Queridos amigos, por que nãaceitam simplesmente as pessoas como são? Claro, podemos colocar na balançasalguém nos faz mal ou bem. Se uma pessoa lhe faz bem, aceite-a como ela é. Não pise nela, não julgue oseu comportamento. Certamente ela não pode lhe dar mais do que já está dando, não porque não possa ou não queira.

É assim que faço com minhas amizades. Eu sei o que posso esperar de cada um, então aceito as pessoas comosão. Só não aceito quem me faz mal. Tudo o que eu quero é ser aceita em um mundo que, para mim, estava sendo cruel e doloroso demais. Hoje mudei. 

Tenho muito mais a oferecer, mas continuo com limitações, como todos. Talvez eu tenha mais limitações do que alguns. E não acho isso tão ruim. Com a vida que tive, seria estranho ser uma mulher como qualquer outra e ter disposição como alguém que teve uma vida normal. Eu não tive. Roubaram minha infância, durante muito tempo roubaram minha vida!

Pense bem: você teve sua vida literalmente roubada? Pois é, eu tive. Hoje faço desse limão uma caipirinha, porém você não imagina quanta a dor e quantas lágrimas já escorreram no meu rosto. Procuro estar sempre me mostrando forte e pronta para ajudar a todos, mas confesso que são frequentes os momentos em que estou sangrando por dentro. Mesmo assim, até hoje sobrevivo. Mais que isso: vivo.

Beijos,
Isa.

domingo, 25 de novembro de 2012

Agora é viver


Meu livro está pronto! Todo escrito. Agora começa outra fase, não menos desafiadora: os contatos com editoras e a preparação do lançamento.
Parece uma gravidez. O filho já está formado, consigo vê-lo nos exames de ultrassom, sinto seu coração batendo... mas ainda preciso esperar pelo momento do parto. 
Escrever um livro é extremamente trabalhoso, sofrido, excitante, exige determinação e força de vontade. Quando termina, dá um grande prazer de ter conseguido e, ao mesmo tempo, um certo vazio, uma espécie de ressaca emocional. Mas como é bom!
Vou mantê-los informados sobre o tempo que ainda vai demorar esta fase de produção editorial. Vocês devem imaginar como estou ansiosa para que todos possam ter em mãos o meu livro e ler todos os capítulos. Posso garantir que dei tudo de mim, toda a verdade, muito sentimento e a vontade de ser útil a quem estiver passando por situações difíceis como as que vivenciei.
Enquanto somos vivos, podemos mudar. Precisamos mudar. Devemos mudar, para viver realmente. Muitas vezes as mudanças nos levam a lugares melhores e, outras vezes, a lugares piores. Mas só mudando e vivendo é que vamos saber o que é melhor para a nossa vida.”
Este é um trechinho do último capítulo, que tem como título “Agora é viver”. Sempre estamos nesse “agora”. E sempre é hora de viver. Mesmo quando nos sentimos no fundo do poço (como relatei em vários momentos do livro), a decisão de viver é que nos faz superar as dificuldades e seguir adiante.
Agradeço a todos os que me ajudaram, com palavras de incentivo. Espero vocês no lançamento. Tomara que aconteça logo!
Beijos com carinho , Isa

sábado, 24 de novembro de 2012

O amor cuida


Bom dia, queridos leitores, 

Hoje acordei triste e fui para o Arpoador passear com meu cachorro e olhar o mar. Logo fui melhorando. O dia está lindo! Como a natureza faz bem, né?
Aliás, animais e natureza nos fazem um bem enorme e nos acalmam.
Veio em minha mente a importância da verdadeira amizade. A cumplicidade que uma amizade de verdade tem é algo importante demais para mim.
Liguei para uma amiga que me fez pensar nisso. Conversei com a Bia, minha melhor amiga, debatemos nossas vidas e como nossa amizade é linda . 
Não tem nada que substitua o amor. O amor pode vir de amigos, animais, família, filho, profissão e não necessariamente de uma relação amorosa. Claro que queremos uma relação amorosa, queremos ser felizes nela, mas nem sempre é assim. Muitas vezes amamos a pessoa errada. Por isso digo: enquanto o amor de um parceiro não vem, procurem ao seu redor o amor que está em tudo e todos de quem vocês gostam. Um amor que traga paz e felicidade. 
Eu e Beatriz Tepedino somos amigas há muitos anos. Estamos juntas em qualquer momento, seja de muita dor ou de alegria. E o momento atual é de muita felicidade, porque ela esta grávida.
Enquanto isso, eu estou em um momento frágil. Terminei uma relação e, ao mesmo tempo, completei meu livro. Mesmo que isso seja bom para mim, dá um grande vazio, sabem?
Eu e Bia, ao telefone, conversamos muito sobre essa troca que temos entre nós. A casa pode estar caindo que uma socorre a outra! E no maior momento de felicidade dela que é agora, que é também um momento em que estou feliz com o nascimento de meu livro, nós estamos nos ajudando mais uma vez. Estamos comemorando juntas.
Ela também está me ajudando a superar a perda que citei.
Este é um momento de renascimento e também de tristezas. 
Nossa amizade é tão linda e especial, que me sinto uma pessoa de sorte .
Não é para qualquer um. Noto que muita gente só quer amigos para sair e se divertir. Esse não é meu estilo. 
Sou muito sensível e profunda para isso, e assim cultivei amizades importantes ao longo de minha vida.
Dê valor aos seus amigos. Na hora em que você mais precisa, são eles que vão lhe dar colo e ajudar você a se levantar. E nos momentos de alegria, são eles que vão comemorar com você.
Agora, já na minha casa, resolvi escrever e compartilhar com vocês essa amizade que tanto valorizo. Quem ama cuida, respeita e ajuda. Estou olhando meu filho, deitado no sofá, quase dormindo, e isso também é algo que me preenche a alma e o coração. O amor de mãe é tao bom, sem explicação... 
Bia, logo será você a mamãe! Aliás, logo seremos mães juntas. Você, do lindo Enzo, e eu, de meu livro. rs. 
Parabéns para nós, amiga!
Bom sábado para vocês! Aproveitem as pessoas a quem amam e que lhes fazem bem. Viva o momento de agora!
Obrigada pelo carinho de todos vocês que me acompanham aqui. 
Beijos com carinho, Isa.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mudar é viver


Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade."
(Clarice Lispector)

 Bom dia meus queridos leitores e amigos, 
Quando li esse poema, lembrei-me muito de mim mesma e da fase que estou vivendo. 
Desde pequena busquei o caminho da mudança. Sempre fui uma menina que queria mudar o que percebia não ser bom em mim.

Sempre vivi intensamente minha vida. Quando sentia que estava no caminho errado e que me faria mal, eu tentava mudar. Até hoje sou assim. Não saberia ser de outra forma.

Conforme Clarice sugere em seu poema: procuro mudar aos poucos. Começando com meu café da manhã. 

  Acordar mais cedo um dia e comer algo diferente. Isso já me trazia conforto.

Eu me sentia viva quando via que estava fazendo algo diferente. Sentia que era capaz de mudar.

Assim ia vivendo. Cada dia uma mudança pequena, mas que para mim era importante, porque me dava segurança de que, se eu quisesse, poderia mudar muito mais e conseguir tudo o que queria.

Durante muitos anos eu não consegui mudar muito, pois as circunstâncias da minha vida não permitiam. Hoje, olhando para trás, foi com essas pequenas mudanças e uma grande vontade de viver melhor que consegui mudar.

É uma dádiva, um dom valioso, a possibilidade que qualquer pessoa tem de conhecer a si mesma e querer mudar para ser mais feliz e fazer outras pessoas mais felizes também.

Porém, muitos se acomodam. Aceitam uma vida infeliz por medo de mudar. Eu não quero isso para mim. Quero viver mudando. Só não muda quem é doente ou está morto. E por isso muita gente está praticamente morta sem saber...

Enquanto estiver vivo, você pode mudar. Precisa mudar. Deve mudar, para viver realmente.

Muitas vezes as mudanças poderão levá-lo a lugares melhores e, outras vezes, a lugares piores. Mas só mudando e vivendo é que você saberá o que é melhor para sua vida.

Não viva uma vida morta, sem esperanças. Mude para melhor e seja uma pessoa mais feliz . Ame mais.

Sei que minha missão nessa vida é ajudar ao próximo. Algo nada fácil, que muitas vezes dói, mas que aceito, pois se essa é minha missão é porque eu posso fazer e sei fazer bem. Desde pequena, ajudo a quem eu amo e até mesmo a quem mal conheço. Vivo feliz assim. É claro que sofro decepções, mas só por saber que ajudei, isso já me conforta.

Terminando meu livro, vejo uma mudança enorme dentro de mim. E sinto-me cada vez mais firme no objetivo que sempre tive aqui neste blog, no livro e em tudo o que tenho feito: ajudar o outro a mudar para melhor. Buscar o novo. Começar de novo.

Beijos,
Isa

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mal que a droga faz a família


   Bom dia queridos leitores e amigos,

 Hoje vou falar do mal que a droga faz para a pessoa que usa e para sua família.
Sou filha de ex dependente químico , convivi com esse problema dentro de casa por 25 anos. Meu pai foi dependente de cocaína e a cada dia que passava foi adoecendo mais. Ele começou as drogas para tirar a timidez e em pouco tempo estava totalmente dependente da substância. Ele sofreu muito e junto com ele toda nossa família.. O dependente químico usa a droga, se anestesia, e não tem consciência do mal que está fazendo a ele mesmo e aos que estão ao seu redor, causando desequilíbrio, instabilidade e destruição. 

    É muito doloroso  você ver seu pai ou qualquer pessoa que você ama morrendo aos poucos, perdendo o controle, limites, razão e princípios. 
O dependente perde a noção do que é certo ou errado e vive um mundo de fantasia onde só ele vê   a vida daquela forma e torna-se  extremamente difícil conviver  com essa pessoa adoecida.
    Eu sofri muito  tentando  ajudar meu pai , queria curá- lo   mas ele não conseguia ter consciência do problema tornando-se impossível qualquer tipo de ajuda, como acontece na maioria dos casos. Desta forma os familiares sentem-se de mãos atadas diante de um quadro muito complicado. 

    Porém um  dia resolvi cuidar da minha vida pois constatei que como familiar de um dependente estava doente também. Procurei um médico psiquiatra na época pois  a família adoece junto com o dependente e precisa de ajuda tanto quanto o dependente químico. Na época meu psiquiatra receitou remédios, tratamento psicanalítico  e um grupo de apoio para a  família de usuários de drogas, chamado   Naranon.

     Foi assim que comecei  um tratamento sério com psicanalista Dr José Alberto Zusman, numa jornada pessoal  e fui me libertando de uma história que não era  minha e sim de meu pai.
 Matriculei-me  na faculdade de jornalismo, freqüentei o Naranon, me dediquei a educação de meu filho, fui morar sozinha, entrei em uma academia e com a ajuda de meu médico , amigos e família pude recomeçar minha vida. 
  Hoje estou vivendo uma vida tranqüila onde tenho paz. Estou terminando a faculdade, criei esse blog sobre comportamento onde escrevo o que sinto e assim também posso ajudar as pessoas que passaram pelo mesmo problema que eu e estou terminando minha biografia.
Meu filho esta com 16 anos é um menino alegre, ótimo aluno e saudável consegui educá- lo  longe dos problemas que vivi e dar a ele uma vida mais equilibrada do que a que tive . Lutei muito para chegar onde estou e vou lutar cada dia mais, pois quero melhorar sempre. A vida é uma eterna luta para chegarmos onde queremos.
Isso é um pouquinho da minha história. Talvez você identifique-se, ou mesmo conheça alguém próximo que passa por situação semelhante.
Primeiro passo é saber porquê a família precisa de ajuda e tratamento, visto que não é ela que utiliza a droga.
Então vamos lá.

Por que a família precisa de ajuda?

O familiar do dependente químico adquire uma síndrome chamada codependência.
·       Codependência é um transtorno emocional definido e conceituado por volta das décadas de 70 e 80, relacionada aos familiares dos dependentes químicos, e outros problemas sérios da personalidade.
·       Os    codependentes vivem tentando ajudar a outra pessoa, esquecendo, na maior parte do tempo, de cuidar de sua própria vida, auto-anulando sua própria pessoa em função do outro e dos comportamentos insanos do dependente químico.

·       A Codependência se manifesta de duas maneiras: como um intrometimento em todas as coisas da pessoa problema, incluindo horário de tomar banho, alimentação, vestuário, enfim, tudo o que diz respeito à vida do outro. Em segundo, tomando para si as responsabilidades do outra pessoa. Evidentemente, ambas atitudes propiciam um comportamento mais irresponsável ainda por parte da pessoa problemática.

·        codependência possui  um conjunto de padrões de conduta e pensamentos (patológicos) que, além  compulsivos, produzem sofrimento. O codependente almeja ser, realmente, o salvadorprotetor ou consertador da outra pessoa, mesmo que para isso ele esteja comprovadamente prejudicando e agravando o problema do outro.

Vemos que o  problema do codependente é muito mais dele próprio do que da pessoa problemática e, normalmente, a nobre função do codependente depende da capacidade de ajudar ou salvar a outra pessoa, que sempre é transformada em vítima e não responsável pelos próprios problemas.
Queridos leitores, vemos então que, se quem ajuda se esquece de si mesmo, se entrega à vida da outra pessoa problemática, então estamos diante de uma patologia chamada  Codependência.
Se você se enxergou neste cenário ou conhece alguém vivendo neste contexto não hesite em procurar ajuda, pois  a codependência é uma resposta patológica do familiar do dependente químico resultando na falta de paz, comportamentos problemáticos levando à perda de felicidade e equilíbrio.
.
 Não existe nada mais importante na vida do que nossa própria vida e saúde ! 
Em breve poderei ajuda los mais com meu livro e outros projetos que tenho em mente .
A saúde mental e física é o que mais temos de precioso.
 Dê valor a sua vida e cuide bem dela!  
Um beijo com carinho , 
Isa

domingo, 28 de outubro de 2012

Ficção e vida real


 Bom dia meus queridos leitores,
Amo novelas. Chego a gravar capítulos quando não posso assistir na hora, para ver no dia seguinte com meu filho. Isso aconteceu com a “Avenida Brasil”, que deixou saudades. Foi uma febre no Brasil e agora vai se espalhar para o mundo afora. Tocou os corações de milhões de pessoas, inclusive o meu. Já estou com saudades.
Eu ficava esperando pela hora do capítulo de cada dia. Os personagens eram carismáticos, simples, alegres, apaixonados, vivos, com sangue correndo pelas veias, e sempre rodeados da família e amigos.
O fato de ser focada no subúrbio motivou um aconchego nas pessoas. No subúrbio, como em cidades de interior, a vida é mais simples, todos se conhecem uns aos outros. Você pode estar triste um dia, solitário, mas é só sair de casa e ir para um bar, para a praça, a sorveteria, a casa do vizinho, que logo é acolhido e se sente melhor. As pessoas visitam mais os amigos, tomam cafezinho com bolo na casa um
do outro. As famílias se reúnem mais.
Morei muito tempo em cidade pequena, com minha família. A vida era gostosa e aconchegante. Não esta vida corrida que temos na cidade grande, onde mal sobra tempo de sentar para almoçar com os familiares. Acabamos vivendo mais conectados na internet do que pessoalmente com nossos amigos. Essa correria me deixa triste, porque para mim a família e os amigos são prioridades, mas infelizmente não tem jeito: temos que correr atrás e dançar conforme a música.  Se pudesse, voltaria a morar no interior. Só não volto porque tenho um filho de 16 anos e, para ele, nesse momento, não seria bom.
O elenco da "mansão" do Tufão me cativou pela simplicidade e pelo valor que davam à família. A mesa cheia de familiares no café da manhã, no almoço e no jantar. Eu me via ali, queria fazer parte daquela família unida. Tive uma família assim por pouco tempo, no início da minha infância, e me lembro que foram os melhores anos de minha vida. Agora, quero isso de novo.
Uma casa cheia e todos se ajudando. Muita gente, além de mim, busca exatamente isso. Nunca vi tanta gente no mesmo dia postando, no Fb e no Twitter, comentários emocionados sobre a novela, em seus últimos capítulos.

Todos ligados ao mesmo tempo para acompanhar o drama da família e torcer pelo Tufão.
O personagem do ex-jogador de futebol, interpretado genialmente por Murilo Benício, conquistou nossos corações com seu jeito inocente de ser. Ingênuo, carinhoso, bom pai e marido. Um homem famoso e rico que tinha os valores corretos, hoje raros em uma pessoa só, principalmente na posição dele. O seu amor incondicional pelos filhos me deixava sempre emocionada. Queria que o carinho e as palavras dele para o filho fossem para mim, como se viessem de meu pai. O autor da novela construiu um personagem baseado em nossas carências. Todos nós queríamos uma pessoa assim a seu lado, como pai, filho, amigo ou marido. Ele mostrava segurança, confiança, amizade, caráter, inocência e o mais belos dos sentimentos: amor. O mundo está carente desses valores e sentimentos.
As novelas de TV sempre fizeram parte de minha vida. Fui criada em companhia dessas histórias em capítulos e dos livros que eu lia. Eram para mim uma referência afetiva das mais importantes. Uma tábua de salvação. Ou me ligava emocionalmente àquelas histórias e tentava pegar o que houvesse de melhor naqueles exemplos, ou não teria referência alguma. Acho que por isso sou tão romântica e sonhadora. Eu me apego até às músicas das novelas. Muitos sentem a mesma coisa mas poucos
assumem como eu. Vivo até hoje como uma eterna sonhadora.
O que todo ser humano quer e precisa, acima de tudo, é amar e ser amado. Na fantasia de uma novela, de algum modo nos sentimos parte do amor que ali acontece todas as noites, invadindo nossas almas.
Aproveite o clima que Av. Brasil deixou e convide alguém de sua família para um dia típico de subúrbio ou de interior . Exponha seus sentimentos, assuma esse amor que está dentro de todos nós. A felicidade está nas coisas mais simples da vida, como sempre digo aqui neste blog. Está iludido quem acha que precisa de muita coisa para ser feliz. A felicidade está ao seu lado. É só você encarar a sua vida com outro olhar.
Beijos com carinho, Isa.

domingo, 21 de outubro de 2012

Você é feliz ?




“Não existe um caminho para a felicidade.  A felicidade é o caminho.” (Mahatma Gandhi)

Vivo correndo e me ocupando. Sinto-me animada quando estou na rua fazendo coisas, quando tenho um problema para resolver – mesmo que seja um problema chato, acho ótimo ter algo para me ocupar.

Talvez não seja bom estar assim, sempre correndo em busca de preencher um vazio, que só parece preenchido quando estamos em ação. O problema é quando a gente para e surge uma angústia... Nesses momentos eu tenho a sensação de estar sempre infeliz, em busca de novidades, tentando preencher aquele vazio sem fim.

Mas então percebo que, por enquanto, estou fazendo o que sei fazer. Será que deveria estar perseguindo a felicidade eterna? Não.  Acho mais sensato aceitar a vida como ela é.  E viver da melhor forma possível, já que nada é perfeito.

O que você busca? A felicidade? Ser reconhecido? Dinheiro? Paz? Amor?  Eu busco a paz, mais que a felicidade. Porque sei que, construindo a paz em minha vida, terei mais condições de alcançar o que quero para minha vida. E assim serei mais feliz. 

Ter tudo o que se quer não faz ninguém feliz, porque sempre haverá o desejo de algo mais. Feliz é quem dá valor ao que tem.

Tenho meu filho, a quem amo, tenho bons amigos, tenho minha própria casa, tenho uma condição financeira boa, gosto de ler, faço análise, quero me realizar como escritora, fui casada duas vezes, sou levada a sério, sou amada... São tantos os pontos positivos! Eu tenho tudo isso e mesmo assim não sou feliz?

Vamos pensar melhor. Tenho momentos felizes? Tenho.  Mas busco esses momentos com tanta garra que, muitas vezes, não me entrego 100% quando eles surgem. Não me permito relaxar porque sinto medo de perder o que me dá prazer. Não consigo ainda viver plenamente a felicidade quando ela se manifesta em minha vida.

Estou agora mesmo dizendo para mim mesma:

– Isabella, olhe para a sua vida, dê valor ao que você já conquistou! O que você não estiver gostando e puder mudar, mude!

– Não se deixe conter pela angústia e pelo medo. Enfrente as dificuldades.

– Faça! Escreva mais, viaje mais, saia mais de casa, empenhe-se bastante para terminar a faculdade, lançar o seu livro, melhorar cada vez mais o seu blog. 

Estas são as minhas metas atuais. Procuro visualizar em minha mente o que entendo ser necessário para meu futuro e de meu filho, e concentro nisso esse é meu foco. Sei que preciso direcionar os meus passos para essas metas, desde já. Desde hoje. Desde agora.

E vocês?  Quais são seus planos de vida? Já estão empenhado em realizá-los?
Não deixe que ninguém julgue o seu jeito de ser feliz  ! 
Beijos com carinho, Isa

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

E se .. ?



Muitas vezes, ao fazer alguma coisa ou me preparar para sair, me pego pensando:
E se não der certo?
 E se eu for àquele evento?
E se, quando chegar lá, as pessoas estiverem mais bem vestidas do que eu? 
E se eu sair só mais uma vez com aquele ex-namorado? E se eu voltar para ele? E se eu não voltar?
 E se estiver largando alguém que poderia ser o grande amor da minha vida?
Tenho enorme dificuldade em tomar decisões. Medo de ser uma decisão errada, e não mais poder mudar de ideia.
Quando se trata de decisões sérias e em relação a meu filho, consigo resolver rapidamente. Mas, na maior parte das vezes, até as escolhas mais bobas me deixam ansiosa.
“Vou ou não vou ao evento hoje à noite? Lá eu poderia encontrar pessoas amigas, conhecer pessoas novas, seria importante para mim...”
Recentemente fiquei remoendo uma dúvida desse tipo o dia todo, e acabei resolvendo não sair. Então fiquei em casa pensando:
“E se tivesse ido? Não seria bom? Perdi uma oportunidade de fazer bons contatos de trabalho? Por que não fui ao evento? Que louca!”
Mas tenho certeza de que não sou louca de verdade, só penso demais e sou um pouco neurótica – como quase todo mundo é...
Fico pensando também:
“E se eu comer isso? Será que vou engordar? Ai meu Deus, a vida já é tão difícil para mim, agora terei que parar de comer também?!”
Algumas pessoas acham que sou bipolar, porque às vezes decido uma coisa e mudo minha decisão. Digo que vou e, logo depois, digo que não vou.
OK, sou ansiosa, neurótica, preocupada, penso muito antes de fazer... Mas isso está longe de ser bipolaridade. Eu apenas tenho medos.
Acho engraçado quando comentam que sou bipolar. Se fosse, seria até mais fácil, porque existe remédio para isso, mas não existe remédio de farmácia para neuroses e confusões mentais.
Algumas vezes acordo com medo e triste. Outros dias, acordo feliz e animada. Quando me sinto segura, fico bem. Quando me sinto sozinha, volto ao meu passado e me desespero.
Sou craque em me punir e me arrasar. Por isso meu psicanalista diz: “Isabella, você não precisa de inimigo. Você já é o seu maior inimigo. Você se cobra muito, não precisa! Já faz muitas coisas para os outros e para si. Não se exija tanto!”
É verdade. Eu me culpo e fico remoendo a dor. Acho que não mudo essa atitude porque, no fundo, não quero. Gosto de ter uma personalidade profunda, pensativa. Gosto dos sentimentos extremos, da alegria à tristeza.
Estou escrevendo isso agora, mas quando fico angustiada é o fim: tenho vontade de sumir. E quando tudo passa, acho bom. Porque na angústia é que surgem os meus melhores pensamentos, ideias e decisões. Angustiada, consigo me conectar comigo mesmo.
E depois fico pensando: “Valeu a pena.” Então pego tudo o que vivi durante a crise de angústia e transformo em material para meu blog e meu livro. Além disso, ponho minhas ideias em prática. Desde as mais simples até as mais importantes: ir finalmente ao banco, comprar aquele sapato, voltar ou não voltar para meu namorado , trabalhar, ler um livro... Faço Pilates, caminhadas, faculdade, estudo, leio, escrevo um novo trecho do meu livro, organizo minha casa, ligo para meus familiares e amigos, digo que estou com saudades e quero vê-los e saio escrevendo meus pensamentos neste blog.
 Saio da bolha e começo a produzir. Eu começo algo com muita empolgação, depois diminui. Sofro e, após o sofrimento, vejo o que vale a pena e o que não vale. E volto a fazer com prazer.
É assim que funciono e tenho que me aceitar como sou. Se mudar o meu jeito de ser, não serei feliz de verdade. Vou tentar fazer o melhor que posso, do jeito que eu sou e com o que tenho.
Talvez eu não seja “normal”. Mas acho que sou melhor do que muitas pessoas que se dizem normais. A propósito: de perto, alguém é normal?
Escrevendo esse texto lembrei-me do Woody Allen, que sempre escreve sobre todas as suas neuroses sem nenhum pudor, e depois as transforma em filmes geniais.
Beijos, Isa.

Chega de guerra



Bom dia, queridos leitores.
Acordei com uma vontade louca de escrever, para variar... rsrsrs
Foram várias semanas pensando, refletindo, sofrendo e, claro, usufruindo de momentos felizes e de paz.
Tive que passar um tempo sozinha, me fechei, fiquei mais em casa, fui buscar novamente dentro de mim o que estava me deixando triste, sem paz, e o que eu precisava para ter paz. Estava há meses nervosa e descontrolada. Que isso? Amor não é para te deixar assim.
Quem, e o que, estava tirando minha paz?
Já sabia o que estava me deixando preocupada e abalada.
Não queria enxergar. No fundo, como já havia falado aqui, a gente sempre sabe.
Às vezes a gente só precisa de um tempo a sós, para se escutar e enxergar melhor.
Não queria enxergar porque o que estava me fazendo mal e atrasando minha vida é uma pessoa muito importante para mim e que eu amo.
Só que, mesmo amando, tive que me afastar. Existem várias formas de amor. E o amor dessa pessoa, infelizmente, não é bom para mim.
O amor dele por mim é doentio. E isso me fez muito mal, paralisou minha vida e me deixou doente como ele.
Queria ficar ao lado de quem amo, mas tenho a consciência de que não estava sendo bom para mim.
Não era um amor saudável, e sim um amor de controle e paranóia. Estávamos vivendo em guerra. Na verdade, devíamos estar unidos e não um contra o outro.
Tive que lutar, ser forte, pensar em mim, no meu filho, na minha carreira, no que eu queria e em quem queria ter ao meu lado. Estou ainda lutando.
Se pudesse mudar alguém, mudaria essa pessoa. Não estou falando de mudar defeitos, pois nós todos temos, estou falando de ajudá-lo a querer mudar, para que ele seja capaz de viver um amor saudável e uma vida melhor.
Tentei inúmeras vezes, mas não deu certo. Ele não quis aceitar que tem problemas sérios e que, para viver em paz, deveria encarar esses fantasmas, fazendo um tratamento e, antes de tudo, admitindo para si mesmo que precisa de ajuda.
Assim como tentei com meu pai, tentei lhe mostrar que ele precisava de ajuda. Mas quando o doente não enxerga, quem tenta ajudar sofre.
Nesse tempo, sozinha, repeti para mim mesma e para meu analista que não podemos convencer alguém a mudar, a ficar mais saudável, se ele não vê, se não quer.
 Seria uma eterna frustração.
Assim como foi com meu pai, não posso repetir o mesmo erro. São problemas diferentes mas não está em minhas mãos resolvê-los.
Por isso, tomei a decisão de optar pela paz e me amar.
Eu preciso de um amor que me dê paz, que seja meu parceiro e não me aprisione.
Passei por tantas coisas nessa vida, que hoje preciso ser feliz, ter tranquilidade, equilíbrio .
Não quero um amor doentio, uma paixão. Quero estabilidade.
Fico triste por ter feitos tantos planos, vivido tantas coisas boas e agora ter que virar a pagina para começar a viver outra história. Não é fácil e dói muito, principalmente porque ainda o amo.
Mas há momentos em nossas vidas em que temos que pôr os pés no chão, usar a razão e ser um pouco egoístas. Pensar em mim agora é o melhor remédio. Lembrar que fiz tudo para ajudar. Dei meu amor, meu coração, tive paciência, tolerância, mas infelizmente não deu certo. Estava sofrendo demais!
Estou escrevendo muito, fazendo atividades físicas, encontrando minhas amigas, minha família, cursando a faculdade, fazendo coisas que me fazem bem e ficando o mais perto possível de quem amo, para esquecer esse amor.
Queria deixar claro que logicamente esse amor não era só ruim se fosse não teria amado e não teria lutado tanto por esse amor. Mas o ciume doentio e a desconfiança dele estragou . Ainda sinto saudades da pessoa que conheci. 
A decisão foi tomada e esse era o passo mais difícil.
Bom dia  para vocês.
Beijos com carinho, Isa.